Espalhadas pelo Brasil, juntas em comunidades
8 abril 2021 - Giovanni Ripa

Impact Morning discute o potencial das redes para o empoderamento feminino.

Diante de um universo predominantemente masculino, cresce, a cada dia, o número de comunidades onde mulheres se reúnem para ajudarem umas às outras. O Impact Morning, evento mensal realizado pelo Impact Hub São Paulo, trouxe, no mês dedicado às mulheres, a discussão em torno da temática: Como as comunidades podem fortalecer o empoderamento feminino e foi mediado por nossa diretora de marketing, Luciana Brasil. 

Em grupos articulados e estruturados elas ganham voz e dão visibilidade a suas causas de atuação. São grupos de mulheres que enfrentam os desafios de empreender, estruturar o negócio ou captar recursos, mães que se apoiam, mulheres que buscam autoconhecimento, e muitos outros. Em comum, todas essas comunidades têm como objetivo principal ser um espaço seguro para que mulheres possam se ajudar mutuamente.

“A pandemia evidenciou a qualidade e importância das redes. Quem já estava perto de plataformas de comunidades conseguiu acessar apoio com mais agilidade. O desafio agora é chegar nas pessoas que não dispunham dessa interação e conexão com outras mulheres que enfrentam os mesmos desafios”, afirma Mariana Pelli, especialista no cultivo de comunidades femininas e na facilitação de encontros de escrita.

Para Camila Rocha, à frente da comunidade Impacto por ELAS, a pandemia trouxe a oportunidade de quebrar paradigmas. “Os grandes estudos e especialistas em humanidade nos mostram que a gente chegou até aqui através da colaboração e não da competição. A colaboração é parte de quem somos, da nossa natureza humana e não devemos esquecer disso”, revela.

A discussão trouxe ainda a visão da advogada e sócio fundadora da Wishe – grupo de investimento focado em startups lideradas por mulheres -, Rafaella Bassetti sobre a importância das redes para mitigar os efeitos causados pelo coronavírus na saúde mental das mulheres. “As comunidades se tornaram questão de sobrevivência, tanto no âmbito pessoal como no profissional. Você tem a chance de trocar conhecimento, ouvir sugestões, receber apoio emocional e sentir que não está sozinha é algo muito potente. Num cenário de incertezas, quando a gente cai é a comunidade que sustenta. Ela forma uma teia que a gente bate lá no fundo e a comunidade te levanta de volta.”

Logo nos primeiros meses da pandemia, a ONU Mulheres lançou um alerta mundial advertindo autoridades políticas, sanitárias e organizações sociais sobre a forma como o Covid-19 e o isolamento social poderiam afetar as mulheres – tanto através da sobrecarga de trabalho como através do incremento dos índices de violência doméstica e diminuição de acesso a serviços de atendimento.

Twylla Aragão atua com educação empreendedora para mulheres que possuem pequenos negócios na área de alimentação nas periferias de São Paulo, um projeto do Instituto Consulado da Mulher, e compartilhou na roda de conversa como a empatia e colaboração ajudaram a organização no acolhimento e suporte às mulheres negras. “Agora nosso objetivo é ampliar a inclusão digital das mulheres periféricas. Sem os limites territoriais, o virtual permitiu aumentar o alcance do impacto e chegar em mais mulheres.” 

Representando a Rede Mulher Empreendedora, grupo de apoio ao empreendedorismo feminino no Brasil que conta com mais de 100 mil membros, Beatriz Leite explicou que diante do isolamento físico, as comunidades tiveram que se adaptar para atuar no digital ou no presencial em novos formatos. “Foi um momento de adaptação e de ouvir as dores e demandas das mulheres, em suas necessidades mais específicas. No início, por exemplo, as mulheres vivenciaram um momento de medo sobre a atuação dos seus negócios. Oferecemos lives e mentorias virtuais para prepará-las para o período. Depois entendemos que a pandemia iria durar mais e os conteúdos foram voltados a ajudá-las a enfrentar os desafios de uma nova onda e na tomada de decisões sobre a gestão financeira do negócio.”  

O Impact Morning é o evento mensal do Impact Hub São Paulo, que articula atores do ecossistema para discutir temáticas de impacto com membros da sua comunidade. Durante o encontro elas compartilharam os desafios que enfrentam para engajar as redes, trocaram conhecimentos e mostraram a força dos movimentos coletivos. 

O Impact Hub São Paulo cria, planeja, gerencia e é o anfitrião de comunidades físicas, virtuais e híbridas com foco em desenvolvimento sustentável e durante todo o ano o Impact Morning vai trazer temáticas vinculadas a redes e movimentos coletivos para o debate.

Conhece uma mulher incrível para integrar as redes femininas mencionadas? Compartilhe estas iniciativas e conecte-se:

 

Impacto Por ELAS: 

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Comum:

http://www.comum.vc/

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Ainá: 

https://www.instagram.com/aina_mulher/

 

Tem açúcar: 

https://www.instagram.com/p/CESDFeMJMMs/

 

Ninho de escritoras:

http://www.maripelli.com.br/escrita-emocoes

 

Rede Mulher Empreendedora:

http://rme.net.br/

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https://www.linkedin.com/company/rede-mulher-empreendedora/

 

Consulado da Mulher:

http://consuladodamulher.org.br/

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Wishe Women Capital:

www.wishe.com.br

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